Vestível dialógico - Final

 Mudei bastante meu vestível, mas ficou dentro das diretrizes estabelecidas pelo trio. Também ficou dentro da minha ideia original, de restringir o movimento das mãos. Eu queria uma coisa que deixasse a pele mais nua (para preservar o tato), pensei em fazer uma espécie de órtese com elástico, mas percebi que querendo ou não iria precisar de um material superficial (um tecido ou até mesmo papelão), então para restringir os movimentos, eu usei tecido, e o elástico ficou na responsabilidade de fixar esse tecido no pulso para não sair das mãos. No início, eu queria que os objetos (imagem abaixo) fossem de uso individual, e até gravei com meu irmão, tentando cada um interagir com as próprias mãos atadas, tipo uma algema; mas aí ele teve a ideia de atarmos nossas mãos juntas, e eu gostei bastante. Para gravar, precisei de um terceiro elemento, meu pai, que foi registrando tudo. Eu não disponho de espaços muito amplos aqui em casa, então a sala foi o melhor lugar para fazer o experimento, mas pensei em trazer coisas que auxiliassem algumas interações, como o copo com água, e a blusa com zíper, o boné quem levou foi meu irmão. Meu vestível também girava em torno de fazer ações corriqueiras de forma mais divertida. 










Meu irmão se divertiu gravando comigo, ele até gostou da ideia da algema, antes mesmo de eu iniciar a gravação ele já queria ver o que ele conseguia ou não fazer; mas ele se divertiu mesmo quando nós dois ficamos presos, e a energia dele me contagiou de certa forma, antes eu estava estressada com o andamento do meu vestível, concentrada com a gravação. Acho que ele se lembrou de quando a gente era criança e brigava muito, e minha mãe obrigava a gente a entrar na escola de mãos dadas, ou ficar muito tempo abraçados...

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