Perturbação do Objeto

    Como atividade para disciplina de AIA, precisei perturbar um relógio, objeto da minha colega Camila. Pensei em diversas coisas, mas por fim optei por algo mais simples de ser exposto no papel; não desenho muito bem, então preferi fazer algo mais entendível. Considerei, inicialmente, em "dividir em partes" meu objeto, e trabalhar apenas com o tempo (utilizando-o como "âncora"), "buscando referências" na obra de Dalí 'A Persistência da Memória', utilizando outro objeto que indique esse tempo para "romper as unidades". Assim, criei uma imagem na minha cabeça de uma ampulheta meio deformada e com areia escorrendo para fora dela, dando uma ideia de rompimento do tempo. É uma imagem bonita, mas que está só na minha cabeça.

    Assim fui pensando e repensando em pequenos detalhes que correspondessem às operações que eu cogitava, mudando assim totalmente minha ideia. Para encontrar uma "nova referência", comecei a pensar no formato do relógio e em seu movimento (que foram minha "área segura, ou âncora), então, comecei a imaginar coisas que rodassem em seu próprio eixo - a Terra, um CD... até que eu pensei em uma bailarina vestida em um grande tutu. Achei que essa imagem seria ideal para o desenho. Fiz um tutu com babados e bem plissado, para, de certa forma, manter as linhas e marcas que o relógio tem. Eu "dividi o relógio em partes", o tutu é a superfície e a bailarina é o eixo central e o ponteiro, ao fazer seus passos - ela controla como esse relógio gira.


    Para mim, esse foi um trabalho muito mais mental do que prático. Na minha cabeça, as operações deviam acontecer em conjunto, não uma sendo um passo-a-passo para outra. Fiquei feliz de conseguir pensar em uma coisa que eu realmente me sentisse capaz de fazer, mas, ao mesmo tempo, queria ter conseguido explorar mais outros caminhos que eu criei na minha imaginação.




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